O aguardado desfile foi de tirar o fôlego! Neste post, eu explico os porquês
Contei neste post recente sobre a alta expectativa a respeito da estreia de Chemena Kamali na Chloé. Sabe aquele desfile de tirar o fôlego, em que um look lindo é seguido de outro look maravilhoso; em que a alma da marca consegue ser comunicada em cada detalhe? Foi assim.
Chemena é uma estilista alemã que já teve duas passagens pela maison francesa. Ela também já declarou que é fã da marca – criada por Gaby Aghion na década de 1950, a Chloé ajudou a dar forma ao que conhecemos hoje como o estilo parisiense.
Com este desfile, Chemena mostrou que é a pessoa certa para levar a direção criativa da etiqueta adiante. De olho em modelagens setentistas, ela desenhou peças fluidas e com movimento, com direito a rendas, transparências, babados e franjas, o que resultou em uma coleção leve, sensual e que tem o ar dos nossos tempos.
A seguir, 6 motivos que explicam o frisson em torno da estreia da estilista na Chloé:
As botas e as bolsas
Já escrevi anteriormente, e este desfile confirma: as botas over the knee vêm com tudo no inverno 23/25. As bolsas, pelas quais a marca é tão famosa, não ficam atrás: adorei as tramas de metal, com franjas e elementos que trazem textura para o look – e conferem aquele ar boho tradicional da Chloé.
As cores e o tecido
A paleta de cores Chloé é feita de tons claros e terrosos, que ficam entre o leve e o sensual quando aplicados na mousseline, transparente. Dá vontade de usar já! No mais, esse material é perfeito para contrabalançar o “peso” dos acessórios – cria um jogo de opostos muito bem vindo.
A amplitude das peças
Muito tecido, muitos babados, muito look esvoaçante: pelos aplausos da plateia, as proporções amplas, que podem levar jeans (bem 70’s), paletós e casacos pesados como acompanhamento, serão must-have de inverno.
3 palavras que definem a marca
A maison preparou um alfabeto das palavras-chave da marca. Estas três estavam tão bem representadas na coleção, que achei importante reproduzir aqui.
Parisiense
Na última década, o termo “boho” foi bastante usado para falar da Chloé. Sua origem é a Paris boêmia e intelectual que é, de fato, a cara da marca.
Luminosidade
A atitude é solar nos vestidos e capas translúcidos. O tom de areia, que faz parte da cartela de cores da marca, também faz referência às pirâmides do Egito, onde Gaby Aghion, fundadora da Chloé, nasceu.
Juventude
Gaby Aghion queria criar para todas as mulheres, não só as jovens. Ela queria criar para mulheres com ESPÍRITO jovem. E isso explica muita coisa sobre a estreia de Chemena.
Donata Meirelles é consultora de estilo, atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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