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Sophie Doireau e a prosperidade feminina em Dubai

  • 31 de jan.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 14 de fev.

Sophie é a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO da joalheria francesa Cartier no Oriente Médio, Índia e África


Uma mulher sorridente com cabelos castanhos na altura dos ombros veste uma blusa preta com detalhes metálicos. Ao fundo, um prédio moderno com estrutura de vidro reflete o céu azul.
Divulgação. Sophie Doireau e o Pavilhão Feminino em Dubai, com o tema “Quando as mulheres prosperam, a humanidade prospera”

Por quatro anos, Sophie Doireau esteve envolvida na criação e execução do Women’s Pavillion para a feira Expo Dubai 2020 (de outubro de 2021 a março de 2022, após adiamento causado pela pandemia). Sophie é a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO da joalheria francesa Cartier no Oriente Médio, Índia e África. A empresa foi a patrocinadora do pavilhão e a única parceira do evento.


Sophie Doireau tem uma trajetória de sucesso no mundo corporativo internacional. Antes de trabalhar para a Cartier, foi executiva de marketing da Johnson & Johnson e diretora do conglomerado suíço de luxo Richemont, nos Emirados Árabes. Construiu uma carreira sólida em uma região de lideranças sempre masculinas.


Com o lema “Quando as mulheres prosperam, a humanidade prospera”, o Pavilhão Feminino na Dubai 2020 reuniu arquitetos, artistas e cineastas em sua construção. Durante três dias em março, a Cartier realizou na feira uma programação de encontros, conferências e debates, com a presença de personalidades de diferentes partes do mundo ligadas às questões femininas, sobretudo a equidade de gênero e o impacto social do trabalho das mulheres.


A joalheria desenvolve um projeto voltado para o empreendedorismo feminino desde 2006, com a criação do Cartier Women’s Initiative. Em 15 anos, a iniciativa premiou 262 empreendedoras de 62 países, em um total de US$ 6,44 milhões. “Estamos honrados em levar nosso apoio de longa data às mulheres responsáveis pela mudança, colaborando com a Expo Dubai 2020 e apresentando o Pavilhão Feminino para um público verdadeiramente global”, disse Cyrille Vigneron, presidente e CEO da Cartier International.


Uma instalação artística de madeira iluminada apresenta a frase "When women thrive, humanity thrives" em inglês e árabe. O design ondulado e a iluminação dourada criam um efeito visual impactante.
Pavilhão das mulheres na Expo 2020 Dubai

Na Expo Dubai 2020, Sophie Doireau falou com exclusividade à coluna.


Como surgiu a ideia de promover essa convergência de valores entre a Cartier e o empoderamento feminino, a partir do Womans Pavillion na Expo Dubai 2020?


A ideia do pavilhão veio há quatro anos, e o ponto de partida foi criar um lugar para unir as mulheres e os países em que trabalhamos. A proposta foi erguer um espaço para diversas exposições com foco no diálogo, nas questões mundiais e nas conversas entre nações e organizações, a partir de uma visão feminina do mundo. Queremos incluir todos na questão da igualdade de gênero, e que as pessoas entendam que “quando nós, mulheres, prosperamos, a humanidade prospera”. O pavilhão representou um lugar físico em que esse mundo, mais justo, íntegro e digno, pôde existir.


Como é ser a primeira mulher CEO da Cartier no Oriente Médio, Índia e Africa?


Essa é uma região muito masculina em termos de lideranças, especialmente no setor do luxo. Então, acredito que trazer um ponto de vista feminino é interessante, já que a maioria dos nossos consumidores são mulheres. Para mim, é um ponto positivo. Eu me sinto empoderada, recebi essa oportunidade porque merecia, pela minha experiência no setor na região. Disse a mim mesma: “Vamos lá!”.


Quais são seus principais desafios?


Estamos mudando uma visão de negócios que antes era focada nos Estados Unidos. Hoje trabalhamos com uma equipe mais diversa, com representantes e parceiros de todo o mundo. Assim, temos de criar estratégias de negócio que levem em conta as diferenças e as semelhanças entre os países, pensar fora da caixa. Nesse processo, a criatividade é muito importante e deve ser exercida sempre.


Deve ter sido desafiador criar um pavilhão sobre mulheres no coração do Oriente Médio.


Pensamos em um universo apolítico e inclusivo, no qual nós, da Cartier, poderíamos falar sobre as mulheres e as grandes questões mundiais. Percebemos que essa discussão não deve ficar restrita aos governos, mas sim fazer parte de debates no ambiente público e privado.


Qual mensagem você gostaria de deixar para nós, mulheres?


Tenho um sonho de que um dia não precisaremos de projetos como o Pavilhão das Mulheres. Em uma sociedade na qual a igualdade de gênero realmente existisse, esse lugar não teria razão de existir. Acredito fortemente no equilíbrio e não acho que apenas as mulheres devem lutar pela igualdade de gênero. Afinal, a diversidade é crucial, traz diferentes visões. Não podemos esperar mais cinquenta anos. Temos que fazer isso agora, é preciso acelerar.


Iniciativa brilhante


Para celebrar seus 15 anos, o projeto Cartier Women’s Initiative divulgou seu Relatório de Impacto analisando a evolução do programa aberto a empresas dirigidas ou fundadas por mulheres, com o objetivo de impacto social ou sustentabilidade. Na Expo Dubai, nove ex-bolsistas foram premiadas de novo. Os três primeiros lugares: Temie Gina Tubosun, da Nigéria (fundadora da Life Bank, distribuidora digital de remédios para regiões da África); Charlotte Wang, da China (proprietária da EQuota, que alia inteligência artificial e big data para oferecer energia limpa); e Fariel Salahuddin, do Paquistão (da UpTrade, de implantação de sistemas de energia e distribuição de água em comunidades rurais).


Com Maria Rita Alonso (em Dubai), Mario Mendes, Antonia Petta e Sofia Mendes


Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.

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