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Tieta por Misci: 4 Pontos Que Explicam o Lindo Verão da Marca

  • há 17 horas
  • 2 min de leitura

Com plateia estrelada, Airon Martin mostrou a nova coleção no prédio da Bienal


Modelo na passarela usando vestido curto e recortado com estampa texturizada em tons de verde e marrom, desfile com cenário de caixas de som gigantes.
Zé Takahashi. Airon Martin apresentou o Verão 2026 da Misci nesta quinta-feira (24)

Coisas do Brasil: a obra Tieta do Agreste, de Jorge Amado, foi publicada em 1977 e ganhou as telas na forma de novela em 1989. Essa mulher que é expulsa de casa e volta triunfante à cidade em que ficou difamada, fixou-se no imaginário popular na figura da atriz Betty Faria, que a interpretou no folhetim global. Foi um sucesso retumbante.


Airon Martin recorre à personalidade destemida e forte, autêntica e pouco convencional dessa Tieta para o desfile da Misci que apresentou na quinta-feira (24) na Bienal, em São Paulo. E, a partir dela, faz diversos paralelos: com modernidade X tradição, tolerância religiosa X moralidade, preservação X progresso. Mas, sobretudo, faz moda.


A seguir, quatro pontos que resumem a nova coleção da Misci:

Tieta 2026


Quem seria Tieta hoje em dia? Quem personificaria a mulher sexualmente livre, porém mais correta moralmente do que muita beata? Airon Martin se fez essas questões ao criar o desfile do verão 2026. Baseado na imagem formada a partir da personagem interpretada por Betty Faria, protagonista da novela global transmitida entre 1989 e 1990, o estilista projeta as atitudes de coragem da personagem para a vida real e atual: como, por exemplo, a de uma comunidade que luta para manter intacto seu território natural diante do assédio do progresso econômico. Essa mullher, portanto, se veste de maneira autêntica, com símbolos que transmitem força, como amarras, tiras e fivelas, e também liberdade, como a pele que se mostra pelos recortes do tecido.


Modelo de vestido branco minimalista com mangas longas fluídas no desfile em passarela com cenário de areia e caixas de som.

Formas e texturas


Recortes, formas arredondadas estruturadas, ou desmaiadas com balanço ao andar, estão em vestidos enviesados, paletós, camisas e calças. Há tiras que se desprendem da peça e adicionam movimento e descontração no mais sério dos costumes. Tricôs fazem um contraponto de textura. A pesquisa de materiais novos, criados a partir de pesquisa e tecnologia com abordagem sustentável, costuma ser notícia no trabalho da Misci. Desta vez, a marca exibe o fio de látex amazônico, que aparece em bordados e amarrações, além da “pelle verde”, que aproveita folha e caule de planta.


Modelo com vestido longo azul claro de modelagem ampla e fluída, destaque para detalhes drapeados e maquiagem azul.

Estampas e cores


Muito marrom, alguns cáquis e tons pastel (amarelo, rosa e azul) fazem companhia ao vermelho vibrante. A estampa que ganha destaque leva o nome de Mangue Seco e foi criada pelo artista visual Elian Almeida a convite de Martin – é uma interpretação da Tieta pela perspectiva do artista. Nos pés, os tons terrosos e off white, e inclusive com a textura do couro de pirarucu, aparecem em botas e escarpins, que o estilista fez em parceria com a marca Paula Torres.


Modelo usando conjunto estampado com desenhos artísticos em tons terrosos e azul, combinando camisa e saia assimétrica.

Astros e estrelas


Airon recebeu Betty Faria, a própria, para fazer a entrada final do desfile. Uma presença e tanto! Além dela, celebridades de estilos completamente diversos apareceram para conferir a coleção: Seu Jorge, Sasha Meneghel, Luciana Gimenez, Roberta Miranda, Sérgio Marone e Bianca Exótica estavam entre os convidados. Adoramos!



Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.


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